Alguns treinos valem apenas checarmos a nossa obstinação, foco, disciplina e principalmente força psicológica para não desistir. Certamente se houver algum problema físico é aconselhável parar na hora e verificar o problema, mas quando a fraqueza é mental, nessa hora que temos de ser mais fortes.
No último sábado o tempo estava horrível, previsão de chuva que se concretizou e o mar parecia uma máquina de lavar roupa ou uma batedeira. Eu arreguei para a natação, mas não desisti do pedal de 90k. Na prova eu sei que consigo nadar, mesmo que de forma mediana será suficiente, mas o pedal eu tenho que estar bem preparado, pois é onde a prova se desenrola e na sequência vem a corrida. Um pedal ruim, certamente coloca tudo a perder.
Eu não estou considerando um pedal incrível, mas quero fazer no máximo em 3hs e a meta é 2:50′, média de 31km/h, para muitos é quase nada, mas pra mim é forte pra caramba.
Pedalei durante 3hs abaixo de chuva, hora uma garoa, hora chuva forte. Vento e frio completavam o cárdapio como se fossem a guarniação do prato principal que era a chuva e de brinde um pneu furado, que virou 2. Na hora de trocar quebrei a válvula e tive que desmontar a roda novamente e colocar outra câmara e fazer tudo de novo.
Enquanto trocava o pneu protegido no ponto de ônibus na rodovia, todos os demais ciclistas que passaram ofereceram ajuda e isso foi muito bacana, pois é nessa hora que se apresenta o espírito esportivo.
Pensei mil vezes em desistir, ir para o carro, colocar uma roupa seca e ir para casa, mas em contraponto ao pensamento de desistência surgia uma vontade absurda de terminar aquele treino, já que estava molhado, na estrada, o mínimo que eu poderia fazer era pedalar.
Pedalei 84km do treino de 90km, mas pelo tanto de esforço de encarar a chuva e o vento, valeu. Essas mais de 3hs de treino valeram não pela média de velocidade, mas pela resistência mental de não desistir e ir em frente.
Correr para crer, #dashcountdown33dias
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