Eu até achei que não iria dar nada, que tudo se resolveria fácil e que NADA comprometeria o meu planejamento, mas como um bom gestor sabia que se acontecesse algo deveria rever os planos, ajustar as velas e continuar em frente, mesmo que seguindo outro caminho.
Já havia comentado sobre a dor na perna que me acompanhava desde a segunda quinzena de agosto, havia diminuído o volume e a intensidade dos treinos de corrida e até havia aliviado um pouco, mas lá no fundo desconfiava que não era apenas fadiga.
Segunda-feira o volume de treinos começaria a aumentar visando a preparação final para a maratona de SC no dia 30/09, mas senti novamente a dor na lateral externa do joelho e fiquei preocupado. Fiz uma rápida consulta no facebook com alguns amigos corredores e médicos e me deram um diagnóstico primário, Síndrome da Banda ou Trato Iliotibial.
No dia seguinte a primeira providência foi visitar um ortopedista, depois de várias ligações só consegui uma consulta para dia 14/09 e dez dias de espera não estavam nos meus planos. Foi ai que um amigo, o Marinho, indicou procurar uma clínica que tinha pronto atendimento e estava preparado para colocar em prática meus dotes de ator imitando uma dor aguda para ser atendido logo, mas não foi preciso, na hora já consegui a consulta.
O doutor perguntou qual era o problema e eu já larguei com toda a minha “autoridade” que desconfiava de um encurtamento e que poderia ser STIT e ele ficou espantado. No exame ele já comprovou de fato que era esse o problema, Síndrome da Banda ou Trato Iliotibial.
Eu fiquei deitado de lado e ele colocou minha perna para cima e ela ficou curvada, ou seja, não ficava reta e depois na lateral toda ela estava tensa e doía quando ele apertava o músculo, tendões, nervos etc. Ele disse que meu alongamento nem parecia de alguém de corria, que fazia triathlon, pois mais parecia a perna de um sedentário de 90 anos. Era a legítima perna de anão!
No final das contas ele riu e disse que eu já cheguei com o diagnóstico pronto e ele apenas iria me indicar uma fisioterapeuta para fazer alguns alongamentos específicos, pois não há remédio, então remediado está como diz o ditado. A possível causa foi a falta de alongamento antes e pós a corrida.
Dai lembrei das discussões de não alongar porque não faz diferença e tal e falei isso para ele e ele disse que isso não era verdade. Em quem acreditar: No “doutô” ortopedista e atleta ou nos jornalistas que consultam fisioterapeutas e trabalhos acadêmicos que dizem que não é indicado? A partir de agora farei alongamento todos os dias, faça chuva ou sol, antes de correr, depois, antes de almoçar, depois do café…rs
No inicio eu exitei em perguntar, mas não poderia ficar quieto…Doutor, meu plano era fazer a maratona em 30 de setembro…ele disse, ERA, pode esquecer que não será possível…bye bye maratona, adeus prova do segundo semestre, tchau meta do ano, já ERA, terei de deixar para o ano que vem.
“Bye bye, baby bye bye…”
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